Turismo de sol e praia
Turismo de sol e praia
Granada é o distrito costeiro andaluz com menos litoral, cerca de 80 quilómetros. Mas, sem dúvida alguma, possui o clima mais afortunado.
A suavidade dos ventos do norte de África, a calidez das águas do Mediterrâneo e a protecção que lhe proporcionam os cumes de Serra Nevada, dotam-na de um microclima subtropical único na Europa. Mais de 320 dias de sol por ano e uma temperatura média anual de 20 graus centígrados fazem da Costa Tropical de Granada um lugar paradisíaco.
Almuñécar, Motril e Salobreña são os três principais destinos turísticos. As suas extensas praias, de areias grossas e águas limpas, galardoadas todos os anos pela União Europeia com várias Bandeiras Azuis, acolhem especialmente no Verão milhares de visitantes espanhóis e, em menor medida, estrangeiros. No entanto, estas localidades não sofrem dos problemas de massificação que afectam outros destinos nacionais de sol e praia.
O auge turístico que experimentou o litoral espanhol nos anos sessenta e setenta do século passado chegou com atraso à costa granadina. Um facto que, ao longo prazo, acabou por a beneficiar: não sofreu o turismo massivo nem um desgaste da paisagem marítima provocado pelas agressões urbanísticas realizadas noutros lugares. As autoridades locais estão a planear agora o que será o futuro ‘boom’ turístico da Costa Tropical: um desenvolvimento sustentado e respeitoso com o meio ambiente; uma aposta pelo turismo de qualidade que contempla a criação de aproximadamente dez mil praças hoteleiras de luxo.
Fundado pelos fenícios aproximadamente mil anos antes de Cristo com o nome de Sexi, Almuñécar é uma vila cheia de história que conserva importantes necrópoles daquela época, restos de fábricas de salgas romanas, cinco troços de aqueduto também romano e um castelo árabe. Outros atractivos mais prosaicos são o jardim botânico o Majuelo, um parque ornitológico de aves exóticas e um parque de atracções aquático. A poucos quilómetros de Almuñécar, encontra-se o porto desportivo Marinha do Este, lugar de amarre de veleiros e barcos fora-borda que conta com várias escolas e centros de mergulho. Ao todo, o seu término municipal oferece ao visitante 26 praias.
Salobreña converte-se na imaginação do visitante numa grande montanha de cubos de açúcar. As suas pequenas casas brancas e cúbicas remoinham-se frente ao mar à volta de uma colina coroada por um monumental castelo árabe. Da cima podem contemplar-se, numa única vista de olhos, deliciosas panorâmicas sobre Serra Nevada, o Mediterrâneo e a fértil veiga de Salobreña, onde são colhidos frutos subtropicais como a anona, o abacate e a manga, e ainda se mantém a cultura da cana de açúcar.
Motril, a maior população do distrito depois de Granada, é um destacado centro turístico que mantém ainda uma importante actividade agrícola e industrial, da qual é claro expoente o seu porto, recentemente ampliado. Entre os seus monumentos destaca a Igreja Maior da Encarnação, construída em forma de fortaleza durante o século XVI pelo cardeal Mendoza sobre a antiga Mesquita Maior; a Casa da Palma, engenho açucareiro de origem muçulmana, hoje convertida em casa da cultura; e o Santuário da Nossa Senhora da Cabeça, construído sobre o antigo palácio de recreio da rainha Aixa, mãe de Boabdil, o último monarca da dinastia Nazarí. Recentemente foi inaugurado um Museu da Cana de Açúcar.
Junto das praias destas localidades existem infinidade de pequenas calas, tranquilas e recônditas, abertas entre as falésias abertas pelas serras da Contraviesa, Lújar e os Guájares. Destacam as das localidades de Torrenueva, Calahonda, Carchuna, Castell de Ferro, La Rábita e La Herradura, que completam a oferta turística de sol e praia do litoral granadino.